O rancor ainda está impregnado no coração de Celso Roth. Recém demitido do Grêmio, ele ainda não aceitou a sua saída. Em sua ótica, ela ocorreu de maneira injusta. Apesar de no compito geral ter realizado um bom trabalho no comando do Tricolor, Roth cometeu erros pontuais, que minaram a sua permanência no Estádio Olímpico.
A gota dágua foi a derrota no Gre-Nal, no domingo. Não era somente mais um triunfo do maior rival. O jogo significou a eliminação precoce do Grêmio no Campeonato Gaúcho e a quarta vitória seguida do Inter sobre o Tricolor. Era mais para a torcida. Foi demais para os dirigentes, mas não preocupou muito Celso Roth.
"É mais desastroso perder Gre-Nal do que Libertadores. Foi essa a conclusão que cheguei após a decisão da direção. A gente luta muito para ser campeão brasileiro e luta muito para chegar à Libertadores. Quando chega na Libertadores tem que fazer um planejamento, porque simplesmente a Libertadores é o maior e melhor campeonato da América do Sul. Mas, infelizmente, o Gre-Nal parece ter mais força", explicou Roth à Rádio Jovem Pan.
Sua intenção era escalar time reserva no clássico, poupando os principais jogadores para a Libertadores. A diretoria impôs a utilização dos titulares diante do Inter. Coube ao ex-treinador acatar. Na sua entrevista coletiva de sexta-feira, ele deixou claro sua insatisfação com a intervenção.
A torcida nunca tinha demonstrado muito apreço pelo nome de Celso Roth. Invariavelmente seu nome era vaiado por quem ia ao Olímpico. Na sua opinião, a pressão dos gremistas colaborou para ele ser mandado embora.
"O que são os dirigentes? São torcedores com o cargo. Aí a gente tem que ter o cuidado nesse tipo de coisa. Falou mais alto a emoção, falou mais alto a voz do torcedor, não da razão. A torcida teve um papel preponderante de colocar os jogadores no Gre-Nal", opinou o treinador ao criticar os seus antigos superiores.
No momento, Grêmio e Roth estão na mesma situação. O Tricolor procura um treinador. O mais cotado é Paulo Autuori. Já Roth procura um emprego.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
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